segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A TEORIA DO “NÃO POSSO”

Hoje você já falou o seu “não posso”? Para quem você falou?


Deixa-me adivinhar. Foi para alguém da sua família! Como se diz: É na família que somos o que somos. Assim, fala-se muita porcaria no ambiente doméstico, o que pode magoar as pessoas que mais amamos.

Já percebeu quantas vezes durante o dia falamos essa frase simples, que exige apenas um mover de lábios. Assim, falamos. Não consigo elogiar as pessoas, sou tímido. Não posso mostrar alegria pela manhã, sou rabugento. Não posso fazer compras com minha esposa, porque me irrita. Não posso ficar sem cerveja na sexta-feira. Não consigo controlar a raiva. Não consigo fazer carinho nas pessoas que amo, minha mãe não me ensinou.

Muitas possibilidades deixam de se concretizar por causa da teoria do “não posso”.

Alguém pode argumentar que pronunciar o “não posso” é apenas um jeito de falar, sem grandes implicações. Mas, via de regra, isso não é a realidade. O que falamos é o que pensamos; o que pensamos é o que falamos e assim agimos. Jesus disse: “a boca fala do que o coração está cheio”.

Dizer “não posso” não requer sequer uma reflexão. Falamos essa frase de maneira rápida e cômoda. Cada vez que a pronunciamos, morre uma possibilidade.

O ser humano é capaz de superar as situações mais difíceis, mas precisa fazer um esforço, o que começa no coração.

Entenda-me, não estou dizendo que a verbalização da frase eu posso fará com que você concretize tudo que quiser sem esforço. Estou dizendo que o “não posso” impede tentativas. Alguém que está em busca de uma vaga no mercado de trabalho precisa acreditar que pode conseguir seu lugar, apesar de toda crise. E isso o fará sonhar e se dedicar horas na semana na busca de vagas, na escrita criteriosa de uma carta de apresentação, na preparação do currículo e envio de quantos currículos forem necessários para alcançar uma vaga. Quem acha que não consegue terá, ao contrário, uma atitude cômoda. Não construirá para a conquista de uma vaga.

A teoria do “não posso” é a negação da capacidade da pessoa, candidatando-a ao desamparo na medida em que as portas que estão abertas vão se fechando, por causa do constante “não consigo”.

Quero dizer-lhe algo mais: Quem nunca se expõe às circunstâncias desagradáveis e as supera, aos poucos vai se tornando incapaz de outros enfrentamentos e acaba refém de suas próprias situações desagradáveis.

É isso!
Paulo Alexandre
-x-x-x-

Inspirado em Elisabeth Lukas, Viktor E. Frankl e na Bíblia.

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