terça-feira, 29 de setembro de 2009

POR QUE VOCÊ BEBE?


Um beberrão pode ser a alegria dos amigos, mas é a tristeza dos pais e familiares.

Já pensou em fazer sociedade com um beberrão? É risco! Provérbios 23.21, diz: “Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza”.

Alguém que conheço contou certa vez uma história de um beberrão. Era um beberrão cristão. Recitava a certeza de ir morar no céu, mas não conseguia abandonar os botequins. Era um beberrão evangelista. Quem estivesse com ele no boteco era convidado a ir à igreja e, segundo ouvi, alguns amigos de botequim conheceram uma nova vida na comunidade cristã dele e deixaram a roda do bar. Mas ele, não conseguia. Acho que ele morreu assim, tentando fechar os botequins: bebendo e convidando os amigos para a igreja.

O apóstolo Paulo é rigoroso com os beberrões. Ele diz: não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for beberrão e com esse tal, nem ainda comais (1 Co 5.11).

Quantas pessoas chegam a óbito no Brasil por causa do consumo do álcool? O que fazer para resolver o problema?

Eu não sei! Diante da complexidade do assunto, não quero arriscar respostas simplistas.

Vou usar um truque útil para o enfrentamento de um assunto trágico e polêmico: o humor.

Viktor Frankl diz que o humor é uma arma da alma na luta da sua preservação, pois cria distância e permite que a pessoa se coloque acima da situação, mesmo que por alguns instantes. O mesmo autor afirma que o humor negro manifesta que a pessoa não tem mais nada a perder a não ser uma vida ridiculamente nua. Assim, vamos à entrevista com um beberrão.

Entrevistando um bêbado.
Entrevistador: O que o senhor faz?
Beberrão: Eu bebo todas.
Entrevistador: Por que o senhor bebe todas?
Beberrão: Para esquecer.
Entrevistador: Esquecer o que?
Beberrão: Esquecer que eu sinto vergonha.
Entrevistador: Vergonha de que?
Beberrão: Vergonha de beber!
Podemos, dessa suposta entrevista, pontuar três coisas:
1) O beberrão envergonha-se e tenta suprimir não a causa de sua vergonha, mas a vergonha.
2) O que importa para o beberrão é como a realidade se reproduz em suas sensações e não como a realidade é em si mesma.
3) Quem bebe é como um homem que desliga a sirene de alarme da casa em chamas onde está dormindo, porque ela perturba o seu sono.
É isso!
Paulo Alexandre
-x-x-x-
Inspirado em: Antoine de Sit-Exupéry, apud Elisabeth Lukas, Vicktor Frankl.

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