sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ATITUDES PROPENSAS A CRISE

Atitudes, que palavra bonita. Li no livro do José Affonso “A primeira lei” sobre as atitudes interpessoais produtivas e improdutivas, vale conferir. É produtivo ouvir com o coração. É atitude interpessoal produtiva criar um clima de vencer/vencer. Não é um livro simplesmente para os profissionais de recursos humanos, pois pode-se usá-la para o melhoramento das relações interpessoais na família.

Mas quero falar das atitudes consideradas pouco saudáveis, que acabam levando as pessoas ao adoecimento. São atitudes que, de acordo com Viktor Frankl, estão em duas categorias: “má passividade” e “má atividade”. Nesta, a pessoa luta contra as compulsões e com a vontade forçada de prazer. Naquela a pessoa evita todo tipo de incômodo, angústias, ameaças de fracasso.

A pessoa humana está sempre em luta. A saída e entrada de casa é uma grande luta por causa do estresse, do risco de ser abordado por alguém. Luta-se internamente no semáforo fechado, sob o risco de ocorrência de algo trágico. Luta-se para evitar alguma coisa ou contra alguma coisa. A pessoa gira em torno de si mesma e alimenta uma vontade de conseguir alguma coisa. Lembrei-me do livro do psiquiatra John White: A luta.

O problema não está na luta, mas na luta exagerada.

É como diz a Elisabeth Lukas, por trás de toda vontade exagerada de evitar algo encontra-se o medo do incômodo.

Escreva num papel e coloque na porta de sua geladeira: evitar incômodo é correto, mas quando é exagerado transforma-se em ansiedade antecipatória.

Uma atitude está começando a ficar crítica quando o medo de algo a faz repentinamente ficar com falta de ar. Quantas pessoas deixaram de ir a supermercados por medo de passarem mal no meio da multidão, mas antes elas apenas achavam desagradável entrar num supermercado superlotado. É normal evitar supermercados lotados, é normal preferir dias de menor movimento. Entretanto, quando for necessário providenciar algo num supermercado e se deixa de tomar as providências por medo de que algo ruim aconteça, então a atitude está começando a se tornar crítica.

Com o tempo passa a evitar ônibus, elevador, restaurante, cinema...

É isso!
Paulo Alexandre

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