sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CUIDADOS PARA QUEM CUIDA DOS OUTROS


Se antes o número de idosos entre a população era pequeno, hoje a realidade é outra. Tornou-se uma experiência palpável de milhões de pessoas viver 60, 70, 80 anos de idade. É um fenômeno universal decorrente de alguns fatores: diminuição da mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias (saneamento básico, educação, moradia, trabalho), desenvolvimento de tecnologias (vacinas, antibióticos, medicações), diminuição da fecundidade.

De acordo com a Organização das Nações Unidas idoso para os países desenvolvidos é a pessoa de 65 anos ou acima dessa idade. Já nos países em desenvolvimento a faixa etária de corte é a de 60 anos.

Se há o aumento da população idosa, há também o aumento de idosos cada vez mais idosos e, há ainda, um novo quadro devido às doenças crônicas degenerativas, tornando o idoso dependente de uma ou mais pessoas para o seu cuidado.

É curioso notar que entre essa população há o fenômeno da feminilização da população idosa, pois as mulheres vivem sete anos a mais que os homens. Estima-se que 40% dos idosos com 65 anos de idade precisam de algum tipo de auxílio para a realização de tarefas como compras, cuidado das finanças, preparação de refeições, higiene da casa.

Se há idosos cada vez mais idosos, há também os cuidadores. Estes, podem ser profissionais da área da saúde, para quem pode suportar o ônus financeiro; caso contrário, a família se organiza para providenciar o cuidado. Na grande maioria dos casos a tarefa de cuidar do idoso na família é de atribuição feminina. Quem cuida arca também com o ônus do estresse, pois cuidar significa vivenciar uma diversidade de sentimentos: amor, retribuição, gratidão, reconhecimento familiar. Mas, também aparece o medo de incapacidade, impotência; além das mudanças na vida das pessoas provocadas pela tarefa de cuidar: não se pode passear, isolamento social, poucas visitas.

Cuidar é preocupar-se, levar ao médico, auxiliar nas atividades da vida diária (vestir-se, banhar, alimentar), oferecer atenção, carinho, amor, oração.

Entretanto, quem cuida do cuidador? Quais são os seus direitos? Pode ele cuidar-se? Pode receber ajuda e participação de outros familiares? Pode ficar triste, aborrecido? Pode abandonar os sentimentos de culpa impostos pelos outros familiares? Pode orgulhar-se do que faz?

É isso!
Paulo Alexandre
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Fonte de inspiração: Dissertação de mestrado de Carla Vilma Jandrey, “O cuidador familiar de pessoa idosa : o desafio de cuidar de quem cuida; orientador Rodolfo Gaede Neto. – São Leopoldo : EST/PPG, 2009. 116 f. http://tede.est.edu.br/tede/tde_busca/processaPesquisa.php?listaDetalhes%5B%5D=143&. Acessado em set/2009.

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