quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MAIS PALHAÇOS COM SUAS PALHAÇADAS

Rir do que é trágico é um pressuposto logoteórico. Viktor E. Frankl criador da logoteoria viveu no campo de concentração, onde colocou à prova sua filosofia de dias felizes: a logoterapia.

Quer rir do trágico? Então lá vai: “só uso linhas azuis em minhas palestras, pois linha vermelha é risco”. Entendeu? Gostou! É trágico e dúbio! É humor!

O humor cria distância e permite que nos coloquemos acima da situação, é arma para nossa autopreservação.

Agora, não posso mandar alguém rir. Para uma pessoa rir preciso contar uma piada. Assim, a ordem para sorrir usada em muitos lugares, porque se está filmando, é um grande equívoco, de acordo com a escola da fenomenologia.

A coerência desses estabelecimentos comerciais ou de serviços seria resgatada se eles colocassem palhaços de plantão. Ao entrar o cliente o palhaço faria uma palhaçada, o cliente riria e a filmagem seria feita.

Teríamos assim uma grande revolução. O mercado acolheria um número maior de palhaços, o número de circo escola cresceria e o público estaria rindo mais. Por conta disso, poderia até ocorrer uma queda do gasto com saúde.

O movimento pela palhaçada seria tão expressivo, que os municípios contratariam palhaços para atuarem no horário de pico (rush). Nos semáforos estariam estrategicamente posicionados os palhaços. Não para vender algo, nem para multar, mas para fazer alguém rir. Alegrar o coração, relaxar a musculatura facial, proporcionar bem estar ao próximo. Seria o fim do xingamento, do dedo em riste na cara do outro, do dedo que manda para um lugar que todos sabem, mas que é indecente mencionar.

Com o tempo poderia exceder esses horários e lugares. Então, o povo teria gratuitamente, nas ruas, nas praças: circo. Haveria pesquisa para saber o que faz a pessoa rir. Descoberta que incrementaria ainda mais a arte da palhaçada. Pais desempregados poderiam virar palhaços e dignamente sustentar sua família com arte. Seriam literalmente: paiaços.

Não levaria muito e teríamos universidades da palhaçada, congresso de palhaços, conferências, especializações, dissertações, doutorados e pós doutorado.

Enfim, encontrariamos a felicidade como efeito colateral das palhaçadas dos palhaços.

É isso.
Paulo Alexandre

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