sexta-feira, 30 de abril de 2010

FACETAS DE UM LIVRO

Imagine o formato de um livro. Pode ser aquele livro lido recentemente ou não. Dê vazão ao devaneio: a cor da capa, número de páginas, a temática... Invente!

Que livro você leu e o tem na lembrança? Fale aos outros sobre essa leitura. Você gostou da leitura e a recomendaria a um amigo? Você gosta de ler livros impressos? Lê pouco ou muito? Lê por prazer ou por obrigação?

Elisabeth Lukas diz que um livro é um espelho que faz refletir as caretas da humanidade. É também um elixir de vida que cuidadosamente alisa os rostos contraídos.

Leia! Um livro, dois livros... vários livros. Faça sua crítica. Estabeleça um filtro.

O livro do profeta Jonas é um pequeno livro, mas uma grande história. Narra a fuga de um profeta que questiona sua missão de paz entre os ninivitas. Há muitas caretas nesse livro. A careta da desobediência do profeta, as caretas da maldade dos ninivitas. É um livro que exala um elixir da vida que pode ser visto na paciência divina com o profeta fujão, na preservação da flora e da fauna.

Leia! Leia também os sessenta e seis livros! Refiro-me às cartas de amor do Pai dos Pais aos seus filhos escolhidos. Descubra neles o elixir de vida num amor impossível. Muitas gerações foram e estão sendo marcadas por esses livros. É um livro dos sonhos de José, de Jacó, de promessa...

Leia! Um livro é um espelho e um elixir.
É isso!
Paulo Alexandre

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A PAZ

O teólogo Günter Funke, que também atua em capelânia hospitalar, afirma que a paz se conquista não só com protesto de rua. Este, é apenas uma das facetas dessa busca. O trabalho intrafamiliar, silencioso, que se inicia na relação interpessoal de pais e filhos e de cônjuges é a faceta mais relevante. Para tal comprovação ele menciona duas personagens históricas símbolos da paz: M. Ghandi e M. Luther King. Ambos, segundo Funke, desfrutaram de relacionamentos positivo com suas mães, que eram bondosas e acolhedoras.

Assim, uma maternidade e paternidade responsável é uma forte contribuição na problemática da paz e para a plenitude de sentido.

É isso!
Paulo Alexandre

Inspiração: FUNKE, Günter. Busca de sentido e capacidade para a paz. In: Dar sentido à vida. Petrópolis/São Leopoldo: Vozes e Sinodal, 1990, páginas: 99-112.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

OS HOMENS GANHARAM COM O FEMINISMO

A afirmação do título não é de homens. Mas de duas importantes mulheres: a francesa Elisabeth Badinter em “O Conflito: A mulher e a mãe” e a inglesa Natasha Walter em “Bonecas vivas”.

Em que o feminismo contribuiu com os homens?

Bem, eles têm sexo mais aberto, mais freqüente e variado. Afinal, nenhuma mulher quer ser conhecida como reprimida. Eles não pagam mais as contas sozinhos. Os solteiros voltam para casa, depois de um encontro, com a carteira mais cheia. Os casados não são mais os únicos provedores do lar.

Para as mulheres o feminismo proporcionou melhores empregos com salários inferiores aos masculinos.

Um dado interessante de pesquisa em 2009 realizada pelo Instituto para Pesquisa Social e Econômica é que a renda de um homem aumenta cerca de um terço após o divórcio e a renda da mulher cai pelo menos 20% e permanece baixa durante anos, mesmo que ela não tenha filhos.

É relevante também pontuar que as meninas vão melhor na escola e representam 55% dos ingressantes nas universidades. E, jovens mulheres têm mais probabilidade de conseguir bons empregos.

Tal como Marx colaborou com o capitalismo inadvertidamente oferecendo-lhe reformulações a partir de suas críticas o feminismo fez o mesmo oferecendo vantagens ao patriarcalismo.

É isso!
Paulo Alexandre

Leia o artigo na íntegra em: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/prospect/2010/04/04/por-que-o-feminismo-favorece-os-homens.jhtm

sexta-feira, 2 de abril de 2010

BULLYING

Bons tempos aqueles em que na hora do recreio na escola a convivência entre alunos era uma diversão. Hoje há o fenômemo "bullying". Palavra inglesa adaptada para denotar os atos repetidos de violência física ou psicológica no ambiente escolar. Alunos que perseguem, batem, insultam e ofendem outros alunos. No meu tempo de escola, que já faz um bom tempo, aprender era a grande aventura e o desafio do ambiente acadêmico. Infelizmente as coisas mudaram e para pior. O que será que a Escola é hoje? Bem, espero que os técnicos da área respondam. No meu tempo de faculdade lia a Patto.
É isso!
Paulo Alexandre

quarta-feira, 24 de março de 2010

DUAS MÃES

Um recém-nascido abandonado pelos pais foi adotado por duas cegonhas: a branca e a rosa. Elas eram generosas e protetores. Moravam na árvore dos sorrisos. O menino, Teodorico, cresceu sendo cuidado por duas mães, o que causava estranheza e até chacotas.


Numa ocasião, Teodorico foi preso num abrigo com outros meninos, que haviam sido abandonados por seus pais. Lá, os meninos zombavam dele dizendo: “Duas mães não formam uma família!” Ele se defendia: “Ai não? E o teu pai e a tua mãe formavam? Onde é que guardas o amor que eles te deram?” ...

Assim, a operacionalização de mudança de mentalidade a partir das crianças está ocorrendo na TV de Portugal com a história de Teodorico e suas duas mães. Devagar, pouco a pouco, a TV vai fazendo o que se propõem a fazer.

Se você quer ouvir ou ler essa história que está na RTP, TV em Portugal, eis o caminho:

http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/vamosouvir/index.php?k=Teodorico-e-as-suas-duas-maes.rtp&post=5673

É isso!
Paulo Alexandre

sexta-feira, 19 de março de 2010

DEZ RECOMENDAÇÕES

1a) Livre-se de tudo que o atrapalha;
2a) Corra com perseverança para o objetivo proposto;
3a) Fortaleça as mãos e os joelhos. Faça caminhos retos para seus pés;
4a) Esforce-se para viver em paz com todos;
5a) Cuide para que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação contaminando seus ambientes;
6a) Constância no amor fraternal, sem se esquecer da hospitalidade;
7a) Faça o bem e reparte com os outros;
8a) Tenha consciência e mãos limpas;
9a) Tenha convicção de coisas melhores em relação aos outros;
10a) Avance para a maturidade.
É isso!
Paulo Alexandre

segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a homenagem que o Conselho Federal de Psicologia faz às mulheres – grande parte das profissionais de Psicologia - vem marcada pela reflexão sobre os efeitos psicológicos da violência contra a mulher, que segue presente na experiência de vida desta população.


Este boletim especial sobre o Dia Internacional da Mulher traz dados inéditos sobre a presença da mulher na profissão, construídos a partir de informações das psicólogas e psicólogos que participam das pesquisas do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), além de dados nacionais que contextualizam o tema e análise sobre os impactos da violência sobre as mulheres.

1 - Efeitos psicológicos da violência

Uma em cada cinco mulheres foi agredida pelo menos uma vez e mais da metade das vítimas não procura ajuda, de acordo com pesquisa é da Fundação Perseu Abramo. O levantamento, de 2001, aponta que 11% das brasileiras com 15 anos ou mais já foram vítimas de espancamento, e o marido ou companheiro haviam sido responsáveis por 56% desses casos de violência. Assédio moral e sexual, tráfico de pessoas, estupro e atentado violento ao pudor são exemplos de violência já tipificados no ordenamento jurídico brasileiro.

O combate à violência contra a mulher tem apresentado avanços, em especial com a aprovação da Lei Maria da Penha que, no entanto, recebe questionamentos nas instâncias jurídicas. No final de fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que, em caso de violência doméstica que provoque lesão corporal leve, a ação penal depende de representação da vítima, ou seja, depende de a mulher apresentar a denúncia.

Para o movimento de mulheres, e para o CFP, tal situação é um retrocesso, pois é sabido que uma das maiores dificuldades no combate à violência – sobretudo à doméstica – é o contexto em que ocorre essa violência, no qual as mulheres sofrem ameaças, temem pela sua família, e em muitos casos acabam abrindo mão dos processos após os momentos de violência.

“A Lei Maria da Penha tinha trazido uma mudança significativa nesse tema, que está agora sendo desafiada. São coisas que perpetuam violência e que precisamos enfrentar no Brasil”, afirma a conselheira do CFP, Jureuda Guerra.

Os efeitos psicológicos da violência contra as mulheres podem emergir em diferentes sintomas, que variam da violência física visível (machucados, aborto) a distúrbios emocionais, uso abusivo de álcool e outras drogas, isolamento, problemas no trabalho.

Danos das violências são freqüentes – tais como pesadelos repetitivos; ansiedade, raiva, culpa, vergonha; medo do agressor, quadros fóbico-ansiosos e depressivos agudos, queixas psicossomáticas, isolamento social e sentimentos de estigmatização.

Para na conselheira Jureuda Guerra, “as mulheres em situação de violência perdem com mais freqüência o emprego, têm mais dificuldades em negociar aumentos salariais e promoção na carreira profissional, principalmente por ficarem em dúvida com relação ao que seu parceiro irá pensar de sua promoção”, avalia Jureuda. Ela aponta também dificuldades para cuidar de si próprias, estudar e desenvolver formas de viver com conforto e autonomia, contribuindo ainda mais para seu sofrimento psíquico e social.

“Nossa experiência nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) nos faz perceber que a grande demanda, atualmente, é mulheres que têm na sua história situações de violência doméstica e familiar, que acaba se refletindo em sofrimentos psíquicos”. Para ela, as políticas públicas precisam olhar com mais atenção esses sofrimento e o perfil da população atendida, para conseguir realizar atendimentos que respondam às demandas reais dessas mulheres, algo ainda por ser construído no Brasil.

“Também notamos um forte uso de antidepressivos, sobretudo por mulheres entre 25 e 40 anos. Quando olhamos as histórias delas, encontramos muitas situações de violência doméstica”, avalia Jureuda, psicóloga e especialista em saúde mental e em saúde pública.
 
Conselho Federal de Psicologia.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Por que não opta pelo suicídio?

O escritor e psiquiatra Viktor E. Frankl costuma perguntar a seus pacientes que estão sofrendo muitos tormentos grande e pequenos: Por que não opta pelo suicídio? É a partir das respostas a esta pergunta que ele encontra , frequentemente, as linhas centrais da psicoterapia a ser usada. Num caso, a pessoa se agarra ao amor pelos filhos; em outros, há um talento para ser usado, e, num terceiro caso, velhas recordações que vale a pena preservar. Tecer estes débeis filamentos de um padrão firme, com sentido e responsabilidade é o objetivo e o desafio da logoterapia.

Em busca de sentido um psicólogo no campo de concentração, 2a ed., São Leopoldo: Editora Sinodal; Petrópolis: Ed. Vozes, 1991, p.7.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

JOVEM FARAÓ DO EGITO ERA DEFICIENTE FÍSICO

Descobertas recentes mostram que o Faraó do Egito (1234 a.C.) Tutancâmon era frágil e deficiente físico. Faleceu aos 19 anos de idade por causa de um grave ataque de malária e uma doença óssea degenerativa.


A malária é causada pelo parasita “Plasmodium falciparum” e já estava assolando o vale do Nilo. Isto é a mais antiga prova genética da ocorrência de malária encontrada em múmias de idade precisamente determinada.

Exames na múmia revelaram uma fratura de perna, provocada por uma queda. Além disso, os cientistas identificaram (numa investigação que durou 2 anos) as múmias do pai, da mãe, da avó e, talvez, de outros parentes do jovem Tutancâmon.

Embora Tutancâmon não tenha sido um dos grandes líderes do Egito, era o Faraó mais conhecido. Filho e sucessor de Akhenaton, que governou o Egito entre 1351 a.C. e 1334 a.C.

É interessante dizer que o poder e a riqueza da família real não impediram seus membros das doenças e das deficiências físicas. Segundo o artigo, várias múmias apresentam lábio leporino, pés tortos, pés chatos e degeneração óssea.

É isso!
Paulo Alexandre

Leia mais em:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2010/02/17/estudo-mostra-que-farao-tutancamon-provavelmente-morreu-de-malaria.jhtm

Fonte: Estudo mostra que faraó Tutancâmon provavelmente morreu de malária John Noble Wilford, 17/02/2010.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O SEXO NO CONFESSIONÁRIO

O jornal Der Spiegel (no UOL) de 09/02/2010 traz notícia estampada com o título “Por dentro do escândalo de abuso sexual católico na Alemanha”. De acordo com os autores, a Igreja Católica alemã foi abalada por revelações de vários casos de abuso sexual. Aproximadamente 100 padres e membros laicos estão em suspeição de abuso nos últimos anos.

O confessionário que deveria ser instrumento de absolvição pela imposição de penitências estaria sendo usado para o desvio do penitente antes, durante ou depois da confissão.

Cito:
“...o Canisius College de Berlim, um colégio jesuíta de elite, revelou recentemente o passado sórdido de uma série de membros da ordem, que abusaram de alunos da escola nos anos 70 e 80. Depois disso, novas vítimas começaram a surgir quase que diariamente. Até a última sexta-feira, pelo menos 40 delas acusavam três padres jesuítas de terem molestado crianças e adolescentes, primeiro em Berlim e depois na Saint Ansgar School em Hamburgo, no Saint Blasien College, na Floresta Negra, e em várias paróquias da Baixa Saxônia, um Estado no norte da Alemanha.”

“...Segundo uma pesquisa da ‘Spiegel’ envolvendo 27 dioceses alemãs na semana passada, pelo menos 94 padres e membros do corpo laico na Alemanha são suspeitos de terem abusado de inúmeras crianças e adolescentes desde 1995. Um total de 24 das 27 dioceses responderam às perguntas da ‘Spiegel’.”

“Segundo o relatório, mais de 150 vítimas de abuso sexual se apresentaram com suas histórias nos últimos meses. Uma delas é uma mulher que, aos 15 anos, teve que assistir a um padre se masturbando no confessionário. Quando ela tentou fugir dele, ela apanhou das freiras que dirigiam o orfanato.”

"Um dos estudantes que experimentou pessoalmente o amor fraternal de um padre jesuíta é Robert K. Falando sobre seu tempo na escola em Bad Godesberg, ele diz: ‘Era difícil para nós, como garotos, suportar os avanços sexuais dos padres. Eles variavam de perguntas extremamente embaraçosas sobre detalhes minuciosos de ‘atos vergonhosos’ durante a confissão, até perguntas sobre beijos e carícias e, finalmente, a investidas sexuais sadistas concretas'. Um monitor, o padre S., 'fazia com que os meninos pequenos fossem ao seu quarto, fazia com que se despissem da cintura para baixo e deitassem de bruços em sua cama. O padre então batia violentamente neles com um cabide, realizando depois demonstrações de afeto'.”

"Há um amplo acordo de que este clima de sexualidade reprimida promove o abuso sexual de crianças nas escolas, orfanatos e paróquias. Vários estudos nos Estados Unidos concluíram que cerca de 2% de todos os padres católicos são pedófilos."

Leia mais em:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2010/02/09/por-dentro-do-escandalo-de-abuso-sexual-catolico-na-alemanha.jhtm. Acessado em 09/02/2010.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

EU LI A CABANA.

A Janete, minha querida irmã, emprestou-me "A Cabana" de William P. Young para a leitura. Demorei, mas li. Não gostei da tragédia do início do livro, dizem que é realidade. Então fica tolerável. Bem, cada leitor é um tradutor. Depois do meio para o final comecei a gostar mais. Como mestre em Ciências da Religião tenho alguns senões com a teologia do autor. Como psicólogo entendo o sofrimento da pessoa humana. O necessário é ser bereano, isto é, reter o que é bom.

Fiz algumas anotações. Frases ou palavras que penetraram meus ouvidos de maneira diferente. Gostei da expressão "correntes de ouro, ainda são correntes". Apreciei consideravelmente as questões: "Como isso afeta seu amor por seus filhos: Quando seus filhos não se comportam ou fazem escolhas diferentes das que você gostaria que fizessem? Quando eles são agressivos e grosseiros? Quando o aborreçem na frente dos outros?" Essas questões me fizeram pensar na realidade de que filhos são para a vida toda. Aprecie também a ídéia que a vida é uma ante-sala para a eternidade.

Quero ressaltar que amo algumas palavras. Fábrica é uma delas. Pérola é outra. O autor da cabana fala das pérolas como as únicas pedras preciosas feitas de sofrimento.

Achei interessante a trindade de terrores: religião, política e economia. Ao invés de tríade eu colocaria uma quadra. Incluiria o poder midiático.

Eu ri em dado momento. Deus diz para Mack: "Digamos que eu sei que você vai ter que passar por 47 situações antes de me ouvir com clareza suficiente para concordar comigo e mudar. Então, quando na 1a vez você não me ouve, não fico frustrada nem desapontada, fico empolgada. Só faltam 46x." O relacionamento de pais e filhos poderia ser construído assim. Os pais sabem quantas vezes precisam falar para serem ouvidos pelos filhos. Então, sabem que só faltam "x" vezes para a palavra cair no coração. Nem sempre as pessoas ouvem na primeira vez. Talvez seja por isso que os palhaços repetem várias vezes a mesma palhaçada, até que todos compreendam. Que os pais aprendam a repetir, quantas vezes forem necessárias.

Finalmente, gostei da frase " o amor verdadeiro nunca força". Aproveito para dizer que agora lerei os críticos para tecer comentários da cabana, afinal eu li e posso falar com propriedade.
É isso!
Paulo Alexandre
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