- Dezenas de cristãos são expulsos do Marrocos.
- No fim de semana passado, mais uma dezena de pessoas foram expulsas do país, a maioria evangélicas. Várias delas se viram obrigadas a sair do país pela Espanha. Algumas foram acusadas pelas autoridades marroquinas de fazer proselitismo – um delito reconhecido no código penal do país – mas outras nem ficaram sabendo porque foram expulsas.
-x-x-
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2010/05/17/dezenas-de-cristaos-sao-expulsos-do-marrocos.jhtm
quarta-feira, 19 de maio de 2010
LI NO LE MONDE 17/05/2010
-No dia 17 de maio de 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais.
- Para o Islã da França, é também uma ocasião histórica para abandonar o preconceito que quer que os muçulmanos sejam obrigatoriamente homofóbicos.
-As tradições religiosas com frequência contribuem para reforçar a homofobia, por isso escolhemos o tema. Este ano, não pedimos que os crentes e especialmente os responsáveis religiosos aprovem a homossexualidade mas, algo bem diferente, que desaprovem a homofobia. Principalmente quando se trata de violências cometidas em nome de um Deus, qualquer que seja. Não pretendemos entrar no terreno da teologia, que não é o nosso; pedimos aos teólogos que venham para o terreno dos direitos humanos, que concerne a todos nós.
- E em sete países, principalmente no arco do Oriente Médio, a pena de morte é exigida contra os homossexuais, com base na sharia.
- Dois terços dos franceses são favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
- Mas, principalmente para os jovens, a homofobia continua forte.
- Inúmeras famílias ainda rejeitam seus filhos quando eles revelam sua homossexualidade.
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2010/05/17/as-religioes-com-frequencia-contribuem-para-a-homofobia.jhtm
- Para o Islã da França, é também uma ocasião histórica para abandonar o preconceito que quer que os muçulmanos sejam obrigatoriamente homofóbicos.
-As tradições religiosas com frequência contribuem para reforçar a homofobia, por isso escolhemos o tema. Este ano, não pedimos que os crentes e especialmente os responsáveis religiosos aprovem a homossexualidade mas, algo bem diferente, que desaprovem a homofobia. Principalmente quando se trata de violências cometidas em nome de um Deus, qualquer que seja. Não pretendemos entrar no terreno da teologia, que não é o nosso; pedimos aos teólogos que venham para o terreno dos direitos humanos, que concerne a todos nós.
- E em sete países, principalmente no arco do Oriente Médio, a pena de morte é exigida contra os homossexuais, com base na sharia.
- Dois terços dos franceses são favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
- Mas, principalmente para os jovens, a homofobia continua forte.
- Inúmeras famílias ainda rejeitam seus filhos quando eles revelam sua homossexualidade.
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2010/05/17/as-religioes-com-frequencia-contribuem-para-a-homofobia.jhtm
terça-feira, 18 de maio de 2010
O QUE MAIS QUEREMOS?
Rubem Alves diz (*) que as nuvens querem é virar chuva, os sabiás cantar antes do nascer do sol, os beija-flores ser capazes de bater as asas tão rápido para ficarem parados diante das flores e sugar o melzinho, já as rosas querem é banhar-se do sol e exalar o bom perfume.
E nós? Qual é o nosso maior desejo? Qual é o nosso para quê?
Viktor E. Frankl, o fundador da logoterapia, acredita que o "para quê" cada pessoa deve encontrar em algo ou em alguém. Não se pode dar e nem inventar. Para ele o ser humano é na essência um ser em busca de sentido.
Mesmo diante da tríade trágica (sofrimento, culpa e morte), que pode frutrar essa busca, a pessoa humana tem a responsabilidade de encontrar o logos (sentido).
Esse encontro é o motivo para a felicidade como efeito colateral.
É isso!
Paulo Alexandre
(*) No seu livro: "O patinho que não aprendeu a voar", São Paulo: Paulus.1987.
E nós? Qual é o nosso maior desejo? Qual é o nosso para quê?
Viktor E. Frankl, o fundador da logoterapia, acredita que o "para quê" cada pessoa deve encontrar em algo ou em alguém. Não se pode dar e nem inventar. Para ele o ser humano é na essência um ser em busca de sentido.
Mesmo diante da tríade trágica (sofrimento, culpa e morte), que pode frutrar essa busca, a pessoa humana tem a responsabilidade de encontrar o logos (sentido).
Esse encontro é o motivo para a felicidade como efeito colateral.
É isso!
Paulo Alexandre
(*) No seu livro: "O patinho que não aprendeu a voar", São Paulo: Paulus.1987.


sexta-feira, 7 de maio de 2010
DIA DAS MÃES.
Ser mãe é a arte de ser DESNECESSÁRIA.
Explico!
Quanto mais nova a criança mais precisa dos cuidados maternos. À medida em que a criança cresce e consegue autonomia, a mãe vai deixando a criança pedir ajuda. Assim, a mãe começa a realizar intervenções no cuidado da criança quando solicitada. A criança cresce mais saudável e a mãe cumpre a sua missão: SER DESNECESSÁRIA.
Felicidades a todas as mães!
É isso!
Paulo Alexandre
Explico!
Quanto mais nova a criança mais precisa dos cuidados maternos. À medida em que a criança cresce e consegue autonomia, a mãe vai deixando a criança pedir ajuda. Assim, a mãe começa a realizar intervenções no cuidado da criança quando solicitada. A criança cresce mais saudável e a mãe cumpre a sua missão: SER DESNECESSÁRIA.
Felicidades a todas as mães!
É isso!
Paulo Alexandre
sexta-feira, 30 de abril de 2010
FACETAS DE UM LIVRO
Imagine o formato de um livro. Pode ser aquele livro lido recentemente ou não. Dê vazão ao devaneio: a cor da capa, número de páginas, a temática... Invente!
Que livro você leu e o tem na lembrança? Fale aos outros sobre essa leitura. Você gostou da leitura e a recomendaria a um amigo? Você gosta de ler livros impressos? Lê pouco ou muito? Lê por prazer ou por obrigação?
Elisabeth Lukas diz que um livro é um espelho que faz refletir as caretas da humanidade. É também um elixir de vida que cuidadosamente alisa os rostos contraídos.
Leia! Um livro, dois livros... vários livros. Faça sua crítica. Estabeleça um filtro.
O livro do profeta Jonas é um pequeno livro, mas uma grande história. Narra a fuga de um profeta que questiona sua missão de paz entre os ninivitas. Há muitas caretas nesse livro. A careta da desobediência do profeta, as caretas da maldade dos ninivitas. É um livro que exala um elixir da vida que pode ser visto na paciência divina com o profeta fujão, na preservação da flora e da fauna.
Leia! Leia também os sessenta e seis livros! Refiro-me às cartas de amor do Pai dos Pais aos seus filhos escolhidos. Descubra neles o elixir de vida num amor impossível. Muitas gerações foram e estão sendo marcadas por esses livros. É um livro dos sonhos de José, de Jacó, de promessa...
Leia! Um livro é um espelho e um elixir.
É isso!
Paulo Alexandre
sexta-feira, 23 de abril de 2010
A PAZ
O teólogo Günter Funke, que também atua em capelânia hospitalar, afirma que a paz se conquista não só com protesto de rua. Este, é apenas uma das facetas dessa busca. O trabalho intrafamiliar, silencioso, que se inicia na relação interpessoal de pais e filhos e de cônjuges é a faceta mais relevante. Para tal comprovação ele menciona duas personagens históricas símbolos da paz: M. Ghandi e M. Luther King. Ambos, segundo Funke, desfrutaram de relacionamentos positivo com suas mães, que eram bondosas e acolhedoras.
Assim, uma maternidade e paternidade responsável é uma forte contribuição na problemática da paz e para a plenitude de sentido.
Assim, uma maternidade e paternidade responsável é uma forte contribuição na problemática da paz e para a plenitude de sentido.
É isso!
Paulo Alexandre
Inspiração: FUNKE, Günter. Busca de sentido e capacidade para a paz. In: Dar sentido à vida. Petrópolis/São Leopoldo: Vozes e Sinodal, 1990, páginas: 99-112.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
OS HOMENS GANHARAM COM O FEMINISMO
A afirmação do título não é de homens. Mas de duas importantes mulheres: a francesa Elisabeth Badinter em “O Conflito: A mulher e a mãe” e a inglesa Natasha Walter em “Bonecas vivas”.
Em que o feminismo contribuiu com os homens?
Bem, eles têm sexo mais aberto, mais freqüente e variado. Afinal, nenhuma mulher quer ser conhecida como reprimida. Eles não pagam mais as contas sozinhos. Os solteiros voltam para casa, depois de um encontro, com a carteira mais cheia. Os casados não são mais os únicos provedores do lar.
Para as mulheres o feminismo proporcionou melhores empregos com salários inferiores aos masculinos.
Um dado interessante de pesquisa em 2009 realizada pelo Instituto para Pesquisa Social e Econômica é que a renda de um homem aumenta cerca de um terço após o divórcio e a renda da mulher cai pelo menos 20% e permanece baixa durante anos, mesmo que ela não tenha filhos.
É relevante também pontuar que as meninas vão melhor na escola e representam 55% dos ingressantes nas universidades. E, jovens mulheres têm mais probabilidade de conseguir bons empregos.
Tal como Marx colaborou com o capitalismo inadvertidamente oferecendo-lhe reformulações a partir de suas críticas o feminismo fez o mesmo oferecendo vantagens ao patriarcalismo.
É isso!
Paulo Alexandre
Leia o artigo na íntegra em: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/prospect/2010/04/04/por-que-o-feminismo-favorece-os-homens.jhtm
Em que o feminismo contribuiu com os homens?
Bem, eles têm sexo mais aberto, mais freqüente e variado. Afinal, nenhuma mulher quer ser conhecida como reprimida. Eles não pagam mais as contas sozinhos. Os solteiros voltam para casa, depois de um encontro, com a carteira mais cheia. Os casados não são mais os únicos provedores do lar.
Para as mulheres o feminismo proporcionou melhores empregos com salários inferiores aos masculinos.
Um dado interessante de pesquisa em 2009 realizada pelo Instituto para Pesquisa Social e Econômica é que a renda de um homem aumenta cerca de um terço após o divórcio e a renda da mulher cai pelo menos 20% e permanece baixa durante anos, mesmo que ela não tenha filhos.
É relevante também pontuar que as meninas vão melhor na escola e representam 55% dos ingressantes nas universidades. E, jovens mulheres têm mais probabilidade de conseguir bons empregos.
Tal como Marx colaborou com o capitalismo inadvertidamente oferecendo-lhe reformulações a partir de suas críticas o feminismo fez o mesmo oferecendo vantagens ao patriarcalismo.
É isso!
Paulo Alexandre
Leia o artigo na íntegra em: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/prospect/2010/04/04/por-que-o-feminismo-favorece-os-homens.jhtm


sexta-feira, 2 de abril de 2010
BULLYING
Bons tempos aqueles em que na hora do recreio na escola a convivência entre alunos era uma diversão. Hoje há o fenômemo "bullying". Palavra inglesa adaptada para denotar os atos repetidos de violência física ou psicológica no ambiente escolar. Alunos que perseguem, batem, insultam e ofendem outros alunos. No meu tempo de escola, que já faz um bom tempo, aprender era a grande aventura e o desafio do ambiente acadêmico. Infelizmente as coisas mudaram e para pior. O que será que a Escola é hoje? Bem, espero que os técnicos da área respondam. No meu tempo de faculdade lia a Patto.
É isso!
Paulo Alexandre
É isso!
Paulo Alexandre
quarta-feira, 24 de março de 2010
DUAS MÃES
Um recém-nascido abandonado pelos pais foi adotado por duas cegonhas: a branca e a rosa. Elas eram generosas e protetores. Moravam na árvore dos sorrisos. O menino, Teodorico, cresceu sendo cuidado por duas mães, o que causava estranheza e até chacotas.
Numa ocasião, Teodorico foi preso num abrigo com outros meninos, que haviam sido abandonados por seus pais. Lá, os meninos zombavam dele dizendo: “Duas mães não formam uma família!” Ele se defendia: “Ai não? E o teu pai e a tua mãe formavam? Onde é que guardas o amor que eles te deram?” ...
Assim, a operacionalização de mudança de mentalidade a partir das crianças está ocorrendo na TV de Portugal com a história de Teodorico e suas duas mães. Devagar, pouco a pouco, a TV vai fazendo o que se propõem a fazer.
Se você quer ouvir ou ler essa história que está na RTP, TV em Portugal, eis o caminho:
http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/vamosouvir/index.php?k=Teodorico-e-as-suas-duas-maes.rtp&post=5673
É isso!
Paulo Alexandre
Numa ocasião, Teodorico foi preso num abrigo com outros meninos, que haviam sido abandonados por seus pais. Lá, os meninos zombavam dele dizendo: “Duas mães não formam uma família!” Ele se defendia: “Ai não? E o teu pai e a tua mãe formavam? Onde é que guardas o amor que eles te deram?” ...
Assim, a operacionalização de mudança de mentalidade a partir das crianças está ocorrendo na TV de Portugal com a história de Teodorico e suas duas mães. Devagar, pouco a pouco, a TV vai fazendo o que se propõem a fazer.
Se você quer ouvir ou ler essa história que está na RTP, TV em Portugal, eis o caminho:
http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/vamosouvir/index.php?k=Teodorico-e-as-suas-duas-maes.rtp&post=5673
É isso!
Paulo Alexandre
sexta-feira, 19 de março de 2010
DEZ RECOMENDAÇÕES
1a) Livre-se de tudo que o atrapalha;
2a) Corra com perseverança para o objetivo proposto;
3a) Fortaleça as mãos e os joelhos. Faça caminhos retos para seus pés;
4a) Esforce-se para viver em paz com todos;
5a) Cuide para que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação contaminando seus ambientes;
6a) Constância no amor fraternal, sem se esquecer da hospitalidade;
7a) Faça o bem e reparte com os outros;
8a) Tenha consciência e mãos limpas;
9a) Tenha convicção de coisas melhores em relação aos outros;
10a) Avance para a maturidade.
É isso!
Paulo Alexandre
2a) Corra com perseverança para o objetivo proposto;
3a) Fortaleça as mãos e os joelhos. Faça caminhos retos para seus pés;
4a) Esforce-se para viver em paz com todos;
5a) Cuide para que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação contaminando seus ambientes;
6a) Constância no amor fraternal, sem se esquecer da hospitalidade;
7a) Faça o bem e reparte com os outros;
8a) Tenha consciência e mãos limpas;
9a) Tenha convicção de coisas melhores em relação aos outros;
10a) Avance para a maturidade.
É isso!
Paulo Alexandre
segunda-feira, 8 de março de 2010
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a homenagem que o Conselho Federal de Psicologia faz às mulheres – grande parte das profissionais de Psicologia - vem marcada pela reflexão sobre os efeitos psicológicos da violência contra a mulher, que segue presente na experiência de vida desta população.
Este boletim especial sobre o Dia Internacional da Mulher traz dados inéditos sobre a presença da mulher na profissão, construídos a partir de informações das psicólogas e psicólogos que participam das pesquisas do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), além de dados nacionais que contextualizam o tema e análise sobre os impactos da violência sobre as mulheres.
1 - Efeitos psicológicos da violência
Uma em cada cinco mulheres foi agredida pelo menos uma vez e mais da metade das vítimas não procura ajuda, de acordo com pesquisa é da Fundação Perseu Abramo. O levantamento, de 2001, aponta que 11% das brasileiras com 15 anos ou mais já foram vítimas de espancamento, e o marido ou companheiro haviam sido responsáveis por 56% desses casos de violência. Assédio moral e sexual, tráfico de pessoas, estupro e atentado violento ao pudor são exemplos de violência já tipificados no ordenamento jurídico brasileiro.
O combate à violência contra a mulher tem apresentado avanços, em especial com a aprovação da Lei Maria da Penha que, no entanto, recebe questionamentos nas instâncias jurídicas. No final de fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que, em caso de violência doméstica que provoque lesão corporal leve, a ação penal depende de representação da vítima, ou seja, depende de a mulher apresentar a denúncia.
Para o movimento de mulheres, e para o CFP, tal situação é um retrocesso, pois é sabido que uma das maiores dificuldades no combate à violência – sobretudo à doméstica – é o contexto em que ocorre essa violência, no qual as mulheres sofrem ameaças, temem pela sua família, e em muitos casos acabam abrindo mão dos processos após os momentos de violência.
“A Lei Maria da Penha tinha trazido uma mudança significativa nesse tema, que está agora sendo desafiada. São coisas que perpetuam violência e que precisamos enfrentar no Brasil”, afirma a conselheira do CFP, Jureuda Guerra.
Os efeitos psicológicos da violência contra as mulheres podem emergir em diferentes sintomas, que variam da violência física visível (machucados, aborto) a distúrbios emocionais, uso abusivo de álcool e outras drogas, isolamento, problemas no trabalho.
Danos das violências são freqüentes – tais como pesadelos repetitivos; ansiedade, raiva, culpa, vergonha; medo do agressor, quadros fóbico-ansiosos e depressivos agudos, queixas psicossomáticas, isolamento social e sentimentos de estigmatização.
Para na conselheira Jureuda Guerra, “as mulheres em situação de violência perdem com mais freqüência o emprego, têm mais dificuldades em negociar aumentos salariais e promoção na carreira profissional, principalmente por ficarem em dúvida com relação ao que seu parceiro irá pensar de sua promoção”, avalia Jureuda. Ela aponta também dificuldades para cuidar de si próprias, estudar e desenvolver formas de viver com conforto e autonomia, contribuindo ainda mais para seu sofrimento psíquico e social.
“Nossa experiência nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) nos faz perceber que a grande demanda, atualmente, é mulheres que têm na sua história situações de violência doméstica e familiar, que acaba se refletindo em sofrimentos psíquicos”. Para ela, as políticas públicas precisam olhar com mais atenção esses sofrimento e o perfil da população atendida, para conseguir realizar atendimentos que respondam às demandas reais dessas mulheres, algo ainda por ser construído no Brasil.
“Também notamos um forte uso de antidepressivos, sobretudo por mulheres entre 25 e 40 anos. Quando olhamos as histórias delas, encontramos muitas situações de violência doméstica”, avalia Jureuda, psicóloga e especialista em saúde mental e em saúde pública.
Conselho Federal de Psicologia.
Este boletim especial sobre o Dia Internacional da Mulher traz dados inéditos sobre a presença da mulher na profissão, construídos a partir de informações das psicólogas e psicólogos que participam das pesquisas do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), além de dados nacionais que contextualizam o tema e análise sobre os impactos da violência sobre as mulheres.
1 - Efeitos psicológicos da violência
Uma em cada cinco mulheres foi agredida pelo menos uma vez e mais da metade das vítimas não procura ajuda, de acordo com pesquisa é da Fundação Perseu Abramo. O levantamento, de 2001, aponta que 11% das brasileiras com 15 anos ou mais já foram vítimas de espancamento, e o marido ou companheiro haviam sido responsáveis por 56% desses casos de violência. Assédio moral e sexual, tráfico de pessoas, estupro e atentado violento ao pudor são exemplos de violência já tipificados no ordenamento jurídico brasileiro.
O combate à violência contra a mulher tem apresentado avanços, em especial com a aprovação da Lei Maria da Penha que, no entanto, recebe questionamentos nas instâncias jurídicas. No final de fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que, em caso de violência doméstica que provoque lesão corporal leve, a ação penal depende de representação da vítima, ou seja, depende de a mulher apresentar a denúncia.
Para o movimento de mulheres, e para o CFP, tal situação é um retrocesso, pois é sabido que uma das maiores dificuldades no combate à violência – sobretudo à doméstica – é o contexto em que ocorre essa violência, no qual as mulheres sofrem ameaças, temem pela sua família, e em muitos casos acabam abrindo mão dos processos após os momentos de violência.
“A Lei Maria da Penha tinha trazido uma mudança significativa nesse tema, que está agora sendo desafiada. São coisas que perpetuam violência e que precisamos enfrentar no Brasil”, afirma a conselheira do CFP, Jureuda Guerra.
Os efeitos psicológicos da violência contra as mulheres podem emergir em diferentes sintomas, que variam da violência física visível (machucados, aborto) a distúrbios emocionais, uso abusivo de álcool e outras drogas, isolamento, problemas no trabalho.
Danos das violências são freqüentes – tais como pesadelos repetitivos; ansiedade, raiva, culpa, vergonha; medo do agressor, quadros fóbico-ansiosos e depressivos agudos, queixas psicossomáticas, isolamento social e sentimentos de estigmatização.
Para na conselheira Jureuda Guerra, “as mulheres em situação de violência perdem com mais freqüência o emprego, têm mais dificuldades em negociar aumentos salariais e promoção na carreira profissional, principalmente por ficarem em dúvida com relação ao que seu parceiro irá pensar de sua promoção”, avalia Jureuda. Ela aponta também dificuldades para cuidar de si próprias, estudar e desenvolver formas de viver com conforto e autonomia, contribuindo ainda mais para seu sofrimento psíquico e social.
“Nossa experiência nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) nos faz perceber que a grande demanda, atualmente, é mulheres que têm na sua história situações de violência doméstica e familiar, que acaba se refletindo em sofrimentos psíquicos”. Para ela, as políticas públicas precisam olhar com mais atenção esses sofrimento e o perfil da população atendida, para conseguir realizar atendimentos que respondam às demandas reais dessas mulheres, algo ainda por ser construído no Brasil.
“Também notamos um forte uso de antidepressivos, sobretudo por mulheres entre 25 e 40 anos. Quando olhamos as histórias delas, encontramos muitas situações de violência doméstica”, avalia Jureuda, psicóloga e especialista em saúde mental e em saúde pública.
Conselho Federal de Psicologia.
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