segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

REVISTA SENTIDOS

Em 23/06/2009 escrevi para a revista Sentidos dizendo:

Esta semana choquei-me com uma reportagem na RTP de Portugal. As pessoas arrumam um cãozinho de estimação e, quando saem de férias, abandonam o animal nas ruas. Lá, é como cá. Mas é uma crueldade!


Fico chocado também com a lógica de nossa sociedade permissiva que afirma: bater em animal é crueldade, bater em adulto agressão e bater em criança é educação.

As pesquisas que tenho lido no site da BIREME deixam-me chocado. Leio em pesquisa recente (BISCEGLÎ, T.S. et. al.; 2008) que anualmente no Brasil 55,6 milhões de crianças com menos de 14 anos de idade sofrem alguma forma de violência. Assim, 18 mil crianças são agredidas por dia, 750 por hora e 12 por minuto.

A referida pesquisadora, que é pediatra e doutora da USP de Ribeirão Preto, afirma que as doenças infecciosas e parasitárias matam menos as pessoas entre cinco e 19 anos do que a violência.

O estado de choque não me leva, nesse momento, à ilusão de indulto (FRANKL). Mas, ao fortalecimento de minha luta como ERNESTO, ou seja, um combatente dedicado à causa da proteção primária da infância.

Ser ERNESTO é lutar contra idéias tidas por inquestionáveis. Como o provérbio russo que li: "ama as crianças com o coração, mas educa-as com tua mão" (WEBER, et.al, 2003:).

Ora, a mão é instrumento refinado. Não se deve usar a mão para bater em criança. As mãos devem descer para acariciar, mas nunca para punir corporalmente uma criança.

Jesus Cristo disse: "Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis".

Uma criança que apanha dos pais com a mão ficará sempre atenta à mão parental, que é uma ameaça.

Use a mão para estabelecer contato amistoso.
É isso!
Paulo Alexandre

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