quarta-feira, 18 de novembro de 2009

TÉCNICAS AVANÇADAS DE NEGOCIAÇÃO

Sexta-feira dia 13/11/09 foi aquele dia. Inscrito no curso de técnicas avançadas de negociação na Fundação Instituto de Administração/FIA, desloquei-me de Santo André a Pinheiros, Capital. Como precisava estar na Rua Navarro de Andrade às 9h00 optei por transporte público. Peguei o trem na estação de Santo André em direção ao Brás as 7h30. Estava preocupado em vivenciar o "sardinha em lata"; mas não foi tão ruim, apesar da lotação. Cheguei ao Brás. Só de lembrar me dá sudorese nas mãos. Caminhei em direção ao metrô. Meu destino era a Barra Funda, donde tomaria um ônibus até a FIA. Próximo à plataforma de embarque uma fila, entrei nela como bom brasileiro. Chegou o primeiro trem/metrô lotado; mas parou, abriu a porta e as pessoas de fora começaram a empurrar as que estavam à porta do vagão lotado até que alguns coubessem no vagão. Horrorizado fiquei do lado de fora. Veio outro trem/metrô se repetiu a cena. Fiquei, novamente, na plataforma. Estava duplamente horrorizado. De um lado, pela lotação e, de outro, pelo povo que se submete a uma situação tão desumana. Veio outro trem/metrô. Percebi que eu precisava ir. Uma pessoa entrou, empurrou, arrumou vagas e eu, não perdi tempo, entrei. As portas se fecharam. O horror triplo tomou conta de mim. Os movimentos do trem/metrô faziam as pessoas irem para lá e para cá, num dado momento eu e outros estávamos servindo de ancoragem para os demais. Por causa disto, no dia seguinte senti dores pelo corpo. Mas, graças a Deus na Estação Sé o metrô ficou vazio. No horror de uma reflexão solidária por um povo que sofre, lembrei-me das palavras do apóstolo da fé: "Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro" [Romanos 8.36]. Senti-me como ovelha num vagão sendo levada para o matadouro. Fiquei imaginando o tamanho da tragédia se ocorrer um acidente num desses horários de pico. Bem, eu cheguei a Barra Funda e continue na minha trajetória até Pinheiros. A viagem de ônibus foi mais tranqüila, até porque depois daquele horror no metrô nada poderia ser pior. Cheguei pontualmente às 9h no curso. Saí de lá às 18h11. E enfrentei tudo de novo. Cheguei em casa 21h. Quanto tempo se desperdiça em transporte público. E, não dá nem para aproveitar o tempo, pois em horário de pico não dá nem para segurar, imagine ler. Na volta encontrei pessoas solidárias. Duas se prontificaram em carregar minha pequena pasta. Eu aceitei.
É isso!
Paulo Alexandre

Nenhum comentário:

Postar um comentário

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _